Serviços financeiros móveis vão disparar nos mercados emergentes

De acordo com o estudo, “Mobile Financial Services in Emerging Markets: Money Transfer, Loans, Savings & Insurance 2016-2021“, estes serviços financeiros móveis irão incluir transferências domésticas, depósitos sobre empréstimos, seguros e contas-poupança.

O estudo argumenta que as operadoras conseguiram reduzir significativamente os níveis de índice de cancelamento de clientes (churn) através da introdução de ofertas de seguros. A Juniper cita o exemplo do esquema de seguro de vida da Telenor Suraksha na Índia, que já conquistou quase 50% dos seus 45 milhões de clientes desde o lançamento. Como?

“O modelo subjacente ao esquema Surakhsa – requerer que os consumidores recarreguem mensalmente para receberem a cobertura do seguro – deve ser replicado”, argumenta a autora da pesquisa, Lauren Foye. “Permite às operadoras manterem níveis médios de receitas dentro dos ambientes de baixos rendimentos, pré-pagos, e permite aos consumidores receberem os benefícios da cobertura de micro-seguros.”

Todavia, o estudo  avisa que um grande desafio é o desenho dos produtos de serviços financeiros que encaixem bem nos mercados individuais. Por exemplo, vários serviços móveis implementados em mercados como Índia, Filipinas e Nigéria tiveram pouco sucesso porque os produtos não estavam adaptados ao mercado-alvo.

A região da Ásia-Pacífico é aquela que tem maior potencial para futuros lançamentos, apesar de apresentar deficiências de cobertura devido à complexidade dos reguladores nacionais. A Juniper Research sublinha que as atitudes estão a mudar e que as crenças culturais que impuseram restrições no passado estão a desvanecer-se. Isto reflete-se nalguns produtos especializados que estão a ser lançados para endereçar os requisitos religiosos das populações, tais como o Achuwat no Paquistão (fornece empréstimos sem juros para cumprir a lei Sharia).

A Juniper Research disponibiliza o whitepaper “Microfinance with Macro Potential 2016-2017” para descarga no seu site.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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