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Venda da participação da Yahoo na Alibaba corre em piso escorregadio

Esta decisão é um verdadeiro obstáculo no caminho da CEO Marissa Mayer, que contava com os 23 mil milhões para alimentar a sua estratégia de recuperação da empresa. Em junho, a executiva dissera que a venda da participação de 15 por cento na gigante chinesa do e-commerce desenrolava-se dentro dos contornos delineados e que não deveria sofrer quaisquer contratempos regulatórios. Pode agora ver-se que a diretora-geral da Yahoo estava otimista demais.

Apesar de ter negado o pedido, o IRS, de acordo com a própria Yahoo, não declarou que a transação seria, efetivamente, taxada. No entanto, a tecnológica está a rever as suas opções e, avança a Reuters, a venda da participação mantém-se em cima da mesa.

Os esforços de Mayer em torno de uma recuperação têm sido inócuos, e o negócio da Yahoo continua a ser esmagado por rivais como o Facebook e o Google. A CEO tem estado sob enorme pressão para alavancar o crescimento da empresa e a cobrança de impostos sobre uma transação que estaria, à partida, isenta deles, não deixará os investidores satisfeitos.

Os investidores acreditam que a Yahoo e a participação na Alibaba têm um maior valor enquanto entidades independentes. O plano, segundo consta, é converter a participação na empresa chinesa numa empresa pública. O mesmo procedimento deverá ser aplicado à Yahoo Small Business, uma unidade da Yahoo que fornece domínios web e serviços de marketing local.

Em janeiro, quando Mayer anunciou as suas intenções, a participação na Alibaba estava avaliada em aproximadamente 37 mil milhões de dólares. Este valor, até hoje, foi reduzido quase a metade.

Mayer debaixo de fogo

O professor de Marketing na Stern School of Business da Universidade de Nova Iorque, Scott Galloway, disse, no programa Bloomberg Surveillance de hoje, que o salário de Marissa Mayer é demasiado alto e que o anúncio da sua gravidez é a única razão pela qual a CEO ainda não foi despedida. O académico afirmou que se Mayer não estivesse grávida, estaria, certamente, sem emprego dentro de seis meses.

Mas as “balas” de Galloway não se destinaram somente à executiva. Ele disse que está na altura de “eutanasiar” a Yahoo, sugerindo que a empresa é um poço sem fundo e nada há mais a fazer por ela.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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