Venda de computadores e smartphones cresce apenas 1,9% em 2016

As previsões são do novo relatório da Gartner para o mercado global de dispositivos: PCs, tablets, portáteis e smartphones. No total, serão vendidos 2,4 mil milhões de unidades este ano, mas os gastos dos consumidores irão decrescer – pela primeira vez – cerca de 0,5%.

“Fica claro que os fabricantes já não podem promover seus produtos tendo em mente apenas os mercados maduros e emergentes”, diz o diretor de pesquisa da Gartner Ranjit Atwal. “Impulsionado por variações económicas, o mercado está a dividir-se em quatro categorias: mercados maduros com problemas económicos, mercados maduros estáveis e o mesmo para os mercados emergentes”, descreve o analista. “A Rússia e o Brasil irão cair na categoria de mercados emergentes com problemas económicos enquanto a Índia cairá na de mercados estáveis, e o Japão vai pertencer ao mercado maduro com desafios económicos.

Computadores em queda

A venda de PCs vai cair 1% este ano, para 232 milhões de unidades. Já os portáteis ultramobile premium irão crescer de 45 para 55 milhões de unidades, sendo aqui que residem as únicas boas notícias do segmento (os ultramobiles básicos vão cair ligeiramente).

Ainda assim, a adesão das empresas ao Windows 10 deverá ser mais rápida, segundo Atwal, o que irá impulsionar sobretudo o mercado de ultramobile premium em 2017 e 2018.

Smartphones em mudança

A subida das vendas será pequena, 2,6% este ano. No final de 2016, 82% dos telemóveis em todo o mundo serão smartphones, segundo a analista Roberta Cozza. No entanto, “os utilizadores também estão a optar por substituírem os seus dispositivos dentro da categoria dos smartphones básicos, sem optarem necessariamente por topos de gama, em especial na China e noutros mercados emergentes.” É aqui, nos modelos básicos e mais baratos, que estará o impulsionador do mercado em 2016.

Cozza refere ainda que no Mobile World Congress, que acontecerá em Barcelona em fevereiro, vários fabricantes Android irão lançar os seus topos de gama. “Esperamos ver um foco crescente na diferenciação que permita experiências únicas e relevantes, uma expansão para novas funcionalidades e uma melhor ligação entre aplicações-chave e ecossistemas.”

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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