Apenas 13% das empresas acede a soluções ERP através da cloud, diz estudo

A pesquisa teve como base uma amostra representativa de mais de 4515 empresas portuguesas dos setores da Distribuição e Retalho, Indústria, Construção, Gabinetes de Contabilidade e Prestadores de Serviços e auscultou questões como investimento e consolidação, exportação e práticas internas de gestão em particular as que têm suporte tecnológico.

“Este estudo mostra de forma muito conclusiva que praticamente todo o nosso tecido empresarial já entende a importância da utilização de um software para a gestão empresarial, contudo verificamos ainda pouca maturidade no que toca ao conhecimento e utilização dos modelos de licenciamento cloud, o qual é fundamental para uma maior agilidade e capacidade de internacionalização das empresas portuguesas”, refere, em comunicado Gabriel Coimbra, Country Manager da IDC Portugal.

Em termos de setores de atividade, a Construção e os Serviços são os únicos que registam ainda níveis inferiores a 90%  na utilização de software de gestão empresarial. Quanto a modelos de preço, poucas empresas utilizam soluções gratuitas (menos de 5%), sendo que, destas, cerca de um terço pretende evoluir para uma versão paga.

“Na Primavera temos assistido a uma duplicação do negócio em cloud a cada ano que passa, por isso, apesar de ainda existir um longo caminho a percorrer, a cloud é sem dúvida o futuro e é nessa tecnologia que estamos a colocar todos os nossos esforços, no sentido de acelerar a entrada das organizações nesse mundo digital, por forma a torná-las mais competitivas no mercado global”, indica, Felicidade Ferreira, Country Manager da Primavera Portugal.

Relativamente à atividade exportadora, 20% das organizações inquiridas exporta, existindo uma correlação positiva entre dimensão e atividade exportadora. Desta forma, cerca de 60% das empresas de maior dimensão (mais de 100 colaboradores) possui atividade exportadora. Os principais mercados para exportação são Espanha (21%), França (19,7%) e Angola (11,2%). A análise por dimensão da empresa permite ainda verificar que as empresas de maiores dimensões tendencialmente exportam mais para França, enquanto as menores o fazem para Espanha e Angola.

Quanto aos setores de atividade, a Indústria (47,9%) é o setor mais exportador, seguida pela Distribuição e Retalho (23,8%). A percentagem do negócio proveniente das exportações segue o mesmo padrão. Complementarmente é possível concluir que existe uma fraca correlação entre a atividade exportadora e a antiguidade das empresas.

No que diz respeito a investimento e consolidação, é possível verificar que apenas 25% das organizações pretende realizar grandes investimentos no próximo ano. Por outro lado, a dinâmica é mais acentuada em empresas de maior dimensão (mais de 40% das organizações com 100 ou mais colaboradores) e de menor tempo de atividade (cerca de 38% das empresas constituídas há menos de dois anos).

Mafalda Freire

Colaboradora da B!T, escreve sobre TI e faz ensaios. Esteve ligada à área de e-commerce durante vários anos e é fã de tecnologia, do Star Wars e de automóveis.

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