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Oferta cloud catapulta resultados da GTI

João Tavares, diretor geral da GTI Portugal

Apresentam-se como distribuidor especializado no setor das TIC. Que valor acrescentado oferecem?

Esforçamo-nos diariamente por prestar um serviço profissional através de uma equipa altamente qualificada em todas as linhas de produto que comercializamos, soluções completas, com suporte de pré e pós-venda, formação, serviços e ferramentas de marketing bem como soluções de financiamento adaptadas às diversas necessidades dos nossos parceiros.

Que fabricantes representam atualmente?

Representamos mais de 70 fabricantes em áreas diversas, que vão desde os sistemas operativos, virtualização, soluções de produtividade, base de dados, componentes, storage, soluções de segurança física e lógica, periféricos, sistemas áudio e um sem fim de acessórios complementares. A importância deles, podendo estes serem transversais, está directamente ligada ao seu mercado alvo. Por exemplo, na área de corporate os fabricantes mais representativos estão ligados de alguma forma à área da segurança da informação, Storage e Vídeo Conferência e respectivas soluções de gestão ou seja, refiro-me a fabricantes como a Check Point, Hitachi, Kaspersky, Kemp Technologies, McAfee, Polycom, Symantec, Tenable Network Security, Veritas, Watchful Software entre outros, já se falarmos nas área de SMB e Retail, destacamos os fabricantes ACER, Adobe, Arceserve, Riello, TP-Link, Veeam, Wacom, Western Digital, Wolder, KAZAM e Zyxell.

Quais os mais significativos em termos de volume de negócios?

De forma destacada a ACER, seguido de fabricantes como a Check Point, BQ e Polycom.

Hoje, qual o universo GTI? Quantos profissionais compõem a equipa e com que competências? Estão a contratar ou viram-se obrigados a moldar os recursos ao período económico menos favorável?

Como tem conhecimento, a GTI em Portugal é uma delegação da GTI Software y Networking S.A., Espanha, neste sentido aproveitamos as sinergias da nossa casa-mãe e aí contamos com uma estrutura de mais de 140 profissionais, grande parte dela especialistas de produto, pré-venda e formação. Em Portugal, dispomos de uma equipa de 11 pessoas distribuídas pelas três áreas de negócio anteriormente referidas. Felizmente, ao longo dos últimos quatro anos a empresa obteve boas prestações anuais de crescimento, muito em parte resultantes da nossa capacidade de adaptação às novas exigências de negócio. Atualmente, estamos a prever a contratação de mais recursos no sentido de respondermos às necessidades dos nossos clientes e parceiros.

Falam em cloud, mobilidade, armazenamento e backup. Destes, qual tem tido maior relevância os últimos dois anos?

Claramente a área da mobilidade, armazenamento e backup, todavia, neste último ano, temos experienciado uma explosão das soluções em volta da cloud. Nesta área diria que o grande responsável tem sido sem dúvida a Microsoft, no entanto destacamos que o portfólio da GTI tem crescido nesta área, com a inclusão de novas soluções de fabricantes atentos a esta tendência e ao posicionamento da GTI nesta área.

Dizem que o canal de distribuição está a sofrer uma das mudanças mais radicais dos últimos anos devido ao aparecimento de novos modelos de comercialização de software, como o licenciamento e a cloud. Como tem lidado a GTI com este novo modelo?

Como mencionei anteriormente, a GTI deverá ser o distribuidor que melhor se adaptou a esta mudança e não nos ficámos apenas pela forte aposta na cloud, desenvolvemos também com alguns fabricantes nossos parceiros de negócio, novas formas de agilizar o negócio de licenciamento de software através do nosso serviço Click&Software.

O Click&Software não é mais que uma plataforma de venda online a partir da qual os nossos parceiros (revendedores), poderão comprar soluções de software para os seus clientes e proceder de imediato ao seu download, mantendo todos os níveis de garantia e suporte por parte da GTI e do fabricante.

Falam que esta mudança no modelo de negócio da área de canal traduziu-se para a GTI num crescimento de 14% nas vendas de licenças durante o ano de 2014. E que ao dividir estes valores por soluções, destacam-se o armazenamento e backup, que registam um valor acima dos 50% comparativamente a 2013. Seguem-se as soluções de segurança, com um aumento de 30%, ou de design com um valor de crescimento na ordem dos 11%. Mas em termos de volume de negócios isso também teve esse impacto?

Contribuiu claramente com parte importante para o crescimento do nosso negócio neste ano fiscal de 2015.

O ano passado quanto faturaram e quanto preveem faturar este ano?

Não revelamos dados de faturação.

Qual a vossa estratégia para o mercado de distribuição?

Acreditamos que já dispomos na área “corporate” de um valor de mercado considerável com os fabricantes que hoje representamos. Neste sentido, tem sido nossa estratégia procurar novos fabricantes de valor que nos possibilitem a continuação da consolidação de negócio nesta área. Além disto, focamo-nos igualmente no desenvolvimento dos mercados PME e retail que, aliás, têm sido parte significativa do nosso crescimento nos últimos dois anos. Este ano, tivemos um crescimento importante em termos de canal, com a entrada de 600 novos clientes. A expectativa para o próximo ano é de ultrapassarmos este número.

As empresas já voltaram a investir nas TI?

Tendo todos os gestores sempre presente a redução de custos, creio que tem existido um crescimento do investimento muito centrado na agilidade do negócio e nas legítimas preocupações com as áreas da segurança da informação e de compliance.

 2015 está a ser melhor do que 2014?

Como distribuidores de tecnologias de informação, a GTI Software & Networking Portugal tem como principal objetivo oferecer aos seus parceiros um portfólio alargado de soluções tecnológicas líderes de mercado que resolvam problemáticas e desafios que os clientes finais enfrentem e neste sentido com o crescimento que temos sentido em termos de estabelecimento de parcerias e entrada de novos clientes sentimos que estamos a ir numa direção bastante frutífera. À data de hoje levamos um crescimento de 36% face ao mesmo período transato.

Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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