PME continuam a optar por renting em TI

Os primeiros meses de 2015 foram simpáticos para a Grenke Portugal, especializada em renting em Tecnologias de Informação. A empresa registou um crescimento de 10% no primeiro trimestre e Victor Ferreira, diretor comercial, admite que, hoje, todas as áreas das TI são recetíveis a este modelo de financiamento, printing, mobilidade, hardware e software.

O renting em TI continua a afirmar-se como uma solução de financiamento para as empresas portuguesas, cada vez mais sensíveis à importância do investimento nesta área. A Grenke, que em Portugal registou, nos primeiros três meses, 1500 novos contratos de renting informático – o que representa um crescimento de 10 por cento face ao mesmo período do ano anterior – viu o volume financiado aumentar em quase 9%, ultrapassando os nove milhões de euros.

Em Portugal desde 2008, a filial da multinacional Grenke – presente em 27 países – teve já como clientes mais de 25 mil empresas, sendo que só em 2014 foram mais de três mil as novas empresas que escolheram esta solução.

À “B!T” Victor Ferreira, diretor comercial da Grenke Portugal, admite que o Renting para a área informática e tecnológica está a ter uma procura muito interessante por parte do mercado. “Confesso que em 2008 quando iniciamos operações em Portugal existiam ainda muitas dúvidas no mercado. Hoje, essas dúvidas começam a ser dissipadas pelos inúmeros benefícios que conseguimos transportar para os nossos clientes e parceiros e que começam a ser absorvidas pelo mercado”.

Os principais benefícios assentam sempre no facto de estar posicionado para a área tecnológica e informática, onde a depreciação dos equipamentos obriga as empresas a recorrerem frequentemente a novos investimentos, porque o ciclo de vida dos produtos é efetivamente muito curto. Além disso, diz este responsável, é um modelo de financiamento que permite às empresas libertar as suas linhas de crédito tradicionais para outro tipo de investimento menos depreciáveis.

Face aos restantes países, Victor Ferreira garante que Portugal tem das maiores taxas de penetração. “Contudo, na nossa opinião acreditamos que temos um mercado menos maduro do que, por exemplo, França ou Alemanha onde a opção pelo renting é bastante superior. Mas, é algo que está a evoluir muito rapidamente”.

Questionado sobre quais são os principais parceiros tecnológicos da Grenke, Victor Ferreira explica que a empresa pauta-se por trabalhar com todos os parceiros informáticos e tecnológicos. “Não temos parceiros principais. Temos sim uma rede de parceiros muito homogénea e transversal a todo o mercado.”

O primeiro semestre foi “muito interessante” para a Grenke e o diretor comercial acredita que a empresa esta a conseguir sedimentar o crescimento que tem trazido dos anos anteriores. “Prevemos terminar este ano de 2015 perto dos 40 milhões de euros”.

As conclusões do 2º Barómetro Grenke, divulgadas no passado mês de junho, foram claras quanto à importância que os gestores das PME nacionais atribuem às tecnologias de informação (TI), mas alteram-se quando se fala em contratação de profissionais de TI para as empresas. A verdade é que 55% do painel de inquiridos prevê investir no reforço tecnológico da sua empresa até ao final do ano e, quando questionados sobre o valor do investimento, 35% aponta para os 150 mil euros, 17% prevê investir cerca de 75 mil euros, enquanto 12% colocam o teto do investimento nos 50 mil euros.

E apesar do papel atribuído às TI no contexto do desenvolvimento dos seus negócios, a inclusão de recursos humanos especializados nas empresas não é considerada uma prioridade estratégica pelos gestores nacionais (56%). Além disso, dos 44% que acreditam na importância de recrutar quadros espacializados em TI, a maioria não prevê qualquer contratação até ao final de 2015 (54%).

O painel de gestores de PME nacionais de diferentes áreas de atividade – em que se incluem empresas como a Generis, Grupo Rangel, Visabeira ou Altis – foi ainda questionado sobre a importância das TI para a internacionalização das suas empresas. Para a maioria (63%) as tecnologias de informação desempenham um papel “muito importante” ou “extremamente importante” no acesso e entrada em novos mercados. No entanto, ainda são 16% os gestores auscultados que não atribuem às TI qualquer importância no processo de internacionalização das empresas portuguesas.12