Sharp não quer vender ações para melhorar as suas finanças

A empresa Sharp revelou que intenta solucionar o seu débil estado financeiro através da fomentação dos seus lucros, e não de uma venda pública de ações, visto que somente no ano passado recorrera a esta manobra para potenciar o crescimento do negócio.

Sharp

A eletrónica japonesa em 2013 conseguiu angariar cerca de 1,38 mil milhões de dólares através de uma IPO. Contudo, uma publicação jornalística do Japão noticiara em abril desse mesmo ano que a Sharp estaria a considerar uma outra venda de ações para 2014, visando assegurar 1,97 mil milhões de dólares para aprimorar o seu estado financeiro.

No final do último mês de março, a empresa registou um rácio de capital próprio de 8,9 por cento, valor o qual abaixo dos 20 por cento significa que a empresa em questão está no limiar da saúde financeira.

“Não estamos de forma alguma a considerar uma oferta pública de ações”, garantiu hoje Kozo Takahashi, presidente da Sharp, acrescentando que a empresa planeia adquirir capital através da potenciação dos seus negócios.

Para o ano fiscal que terminará no próximo mês de março, a Sharp previu lucros líquidos de 295,74 milhões de dólares, um aumento de alguma expressividade dos 114,35 milhões de dólares registados no ano passado.

Na semana passada, aquando da reunião anual com os acionistas, Takahashi afirmou, ecoando as palavras de outro executivo da empresa, que a Sharp não havia recebido qualquer proposta de investimento de capital por parte da Hon Hai Precision. Contudo, o seu presidente Terry Gou, assegurou que a empresa da República da China mantém o seu interesse na Sharp.

Para conseguir melhorar o seu estado financeiro, a Sharp afirmou que não vai, nos próximos tempos, incorrer em nenhum grande investimento no negócio dos ecrãs de cristais líquidos.

A Sharp chegou também a considerara venda das suas fábricas de produtos televisivos no estrangeiro para conseguir embolsar mais dinheiro, mas Takahashi declarou que no último ano o segmento de TV da empresa japonesa voltou a conquistar um lugar na gama dos negócios lucrativos, pelo que se poderá dispensar uma venda dos centros de produção.