YouTube revela plano alargado contra conteúdos controversos

O anúncio foi feito por Susan Wojcicki, CEO do YouTube, num post do blog da empresa, em revelou que, só nas últimas duas semanas, a rede social removeu anúncios de dois milhões de vídeos e de 50.000 canais problemáticos, perante as queixas dos anunciantes.

As medidas vêm na sequência de perdas de receitas de anunciantes que removeram as suas publicidades por estarem a ser associadas a conteúdos problemáticos.

A responsável indicou que o processo humano de revisão continua a ser essencial para a remoção de conteúdos e para os sistemas de treino de Machine Learning e que como tal, serão contratados mais colaboradores. A Google, quer assim ter,  no próximo ano, 10.000 trabalhadores a reverem os conteúdos que possam violar as políticas da empresa.

Além disso, o YouTube vai continuar a usar Machine Learning para lidar com os problemas com escala, sendo que esta tecnologia tem sido alvo de imensos progressos desde junho, quando começou a ser usada. Desde essa data, os algoritmos já removeram mais de 150.000 vídeos por extremismo violento, o que corresponde a 98% dos vídeos removidos por esse motivo.

O Machine Learning reviu e assinalou conteúdos que, em situações normais, obrigaria ao trabalho de 180.000 pessoas/40 horas por semanas para alcançarem o mesmo resultado e a tecnologia já está a ser treinada em outras áreas de conteúdos como segurança de criança e discursos de ódio.

Em 2018, o Youtube vai, também, criar um relatório regular que irá disponibilizar informação sobre o número de sinalizações recebidas e as acções que adoptadas para remover vídeos e comentários que violam aspolíticas de conteúdos.

Por outro lado, a CEO referiu que irá existir uma nova abordagem à publicidade no YouTube, determinando cuidadosamente quais os canais e os videos eligíveis para publicidade.

A rede social vai adoptar critérios mais rígidos e realizar mais curadoria manual ao mesmo tempo que vai aumentar consideravelmente as equipas de revisores de anúncios para garantir que os anúncios só aparecem onde devem aparecer.

“Estamos a adoptar estas medidas porque é correcto fazê-lo.[…] À medida que as ameaças à nossa plataforma irão evoluir e mudar, também as nossas respostas e métodos de actuação têm e vão evoluir para responder a estas ameaças. Mas independentemente dos desafios que surgirem o nosso compromisso de combater estas ameaças será sustentável e inabalável. Iremos tomar as medidas necessárias para proteger a nossa comunidade e garantir que o YouTube continua a ser o local onde criadores, anunciantes e espectadores podem florescer”, acrescentou a executiva.

Mafalda Freire

Colaboradora da B!T, escreve sobre TI e faz ensaios. Esteve ligada à área de e-commerce durante vários anos e é fã de tecnologia, do Star Wars e de automóveis.

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