Good After, o supermercado online de combate ao desperdício

Chama-se Good After e tem uma  plataforma que também estará disponível para o mercado espanhol. A ideia é comercializar bens alimentares e não alimentares que se encontram perto do fim da data de consumo preferencial, mas com garantia de segurança alimentar – o que faz com que sejam comercializados a preços mais vantajosos. 

Os produtos comercializados no site – GoodAfter.com – vão desde bens alimentares, como enlatados e conservas, a produtos não alimentares como champôs, amaciadores, produtos de limpeza, entre outros. Os bens podem ser adquiridos com descontos até 70%, em comparação com os preços praticados nos supermercados tradicionais (online e offline). 

“2016 foi declarado pela Assembleia da República como o ano do combate ao desperdício alimentar. E todos os dias são desperdiçados milhares de produtos que poderiam ser consumidos, sem que a segurança alimentar seja posta em causa”, explica Chantal de Gispert, cofundadora da Good After, referindo que a plataforma pode ajudar a combater esse desperdício. 

“Queremos despertar e consciencializar as pessoas para a necessidade de comportamentos de consumo ambientalmente mais responsáveis, que permitam uma redução do volume de resíduos alimentares e para tal nada como oferecer às pessoas, de forma imediata, a contrapartida por tal comportamento: reduções de preços até 70%”, acrescenta.

A base do projeto é a diferença entre “consumir até”, uma data limite máxima relacionada com a segurança alimentar, e “consumir de preferência antes de”. São usadas as expressões em inglês, “Best Before” – data de consumo mínima, que nada tem a ver com segurança alimentar, e por conseguinte “Good After”.

O supermercado não comercializa produtos que se encontram fora do prazo de consumo, mas apenas produtos com data de consumo preferencial, a data até à qual as marcas asseguram a qualidade. A partir dessa data e uma vez que a segurança alimentar dos produtos não está em causa, os mesmos podem ser consumidos e comercializados de forma legal.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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